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O Mídia Ninja é financiado por uma rede distribuída em 150 cidades, Fora do Eixo, que além de também sustentar outros grupos (em geral, musicais e culturais), unifica a economia de todos em um caixa coletivo (de forma que um grupo pode usufruir do dinheiro de outro, através de um banco central que organiza essas movimentações) e possui uma moeda própria,  Fora do Eixo Card, que possui valor variável. 

Contam, também, com colaborações por meio de doações.

 

Com apenas 6 meses de vida, eles já têm 65k likes no Facebook. Em menos de um mês, conseguiram arrecadar 130mil reais por meio de um crowndfounding, no Catarse.

Por enquanto, o dinheiro será usado para:

  • pagar o aluguel da sede do coletivo, em São Paulo.

  • construir um site.

  • comprar equipamentos para realizar as coberturas.

  • custear viagens dos jornalistas para fazer reportagens em outras cidades e estados.

 

No dia 24/05/2015, fizeram uma festa-Show para lançar a rede e o financiamento coletivo. De acordo com a organização do evento, mais de 7 mil pessoas passaram por lá (veja fotos do evento clicando aqui). 

Financiamento

Coletivo - É o famoso Crowdfunding. Os leitores interessados em determinado assunto doam uma pequena quantidade para a ver a reportagem realizada. E, no caso da Reportagem Pública, escolher, entre três opções, o que vira matéria a cada mês.

Privado -  Pode vir não só de empresas — filantrópicas, para não comprometer o conteúdo da reportagem —, como também de fundações e organizações. O financiamento pode ser tanto para a concretização de um projeto específico quanto institucional, ou seja, para manter o projeto Agência Pública.

 

Editais

 No caso, são concursos — promovidos tanto pelo próprio governo quanto por fundações, instituições, ONGs e afins — para a fomentação de determinado projeto (um documentário, uma história em quadrinhos...), tema (Amazônia, água…) ou atividade (jornalística, cultural...) por meio de apoio, em geral financeiro.

 

Mas e aí, produção, isso é fácil?

Como os coletivos se sustentam?

 

A iniciativa visa o trabalho voluntário, no qual qualquer cidadão pode participar e contribuir para criar um jornalismo de boa qualidade para todos. Apesar de não remunerado, todas as matérias publicadas são creditadas com o nome do(s) colaborador(es).

Ok, nesse momento deve estar passando pela sua cabeça algo como “Mas por que fazer então?!?!”. Porque é assim que se garante a independência. Pode ser um pouco bizarro para quem não é da área acreditar, mas se você coloca um anúncio da Friboi no seu jornal, por exemplo, e depois descobre que ela é  a campeã em acidentes de trabalho em frigoríficos no Brasil, você é obrigado a ficar quieto e fingir que não sabe de nada. Afinal, é ela quem, em partes, sustenta o veículo que você trabalha e, em alguma medida, o seu salário.

Já quando o dinheiro vem de pessoas (ou instituições) que estão interessadas que determinado assunto venha à tona, você garante a sua liberdade, a do local em que você trabalha e, principalmente, a da informação.

Como se sustentam - Rafael Vilela
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